segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Amante perdida no tempo

Cor de chá

Amante perdida no tempo
Apareceste, não te vi, não fiquei curioso,
Por saber quem és…
Por mim passavas vezes sem conta
Mas… depois
Perguntei o teu nome
… me responderam
Tudo bem respondi
Mais tarde contigo numa carruagem
Perto da praia um chá bebemos
Afinal temos mais em comum do que
Me fez parecer crer…
Como é possível viver tão intensamente
E uma felicidade tão fugaz e tão surreal?
Quando apenas procurei paz e aconchego encontrei
Loucura apaixonantemente grandiosa que ultrapassa todos
Os limites do consciente
A saudade como vida
E o sexo como seu alimento
Deixa-nos sempre a sensação de impotência
Perante o coração…
Lembrando-nos que o coração comanda a vida
E não a vida o coração…
Isto pertence-te…
Já te pertenci…
Não por inteiro, pois estive sempre dividido qual amante
Do prazer… duas faces tinha mas posso dizer
Que por ti sofri…
Por ti chorei…
E dizer também que sempre senti que minha foste
Eu teu por momentos fui
Mas não estava escrito que seria assim
A ligação que temos ultrapassa o aceitável
É espiritual, física não nos é permitido, orgulhos feridos
E falta de muitos sentidos…
O que sei e sinto
É que por momentos…
Fomos um…

13-08-2004

1 comentário:

nobreka disse...

É dficil lidarmos com o que é raro,com o que nos é in-diferente, e com o que nao estamos habituados a ter...É o pavor e o pânico do Amor, da intensidade das emoções, do não sabermos como fazer. Paralisamos à inter-acção.